Energia Eólica off-shore

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Implantação em Portugal

 

Portugal é pioneiro na demonstração de uma tecnologia de plataforma flutuante. Trata-se da tecnologia WindFloat, constituída por uma plataforma semi-submersível de três colunas, estabilizada dinâmica (amortecimento viscoso) e estaticamente (lastro de água) e ancorada ao leito marinho por gravidade e atrito através de amarração convencional em forma de catenária. Estas plataformas destinam-se à exploração de eólica off-shore em águas profundas (> 40 m) e adaptam-se a qualquer tipo de turbina eólica. São construídas e montadas em terra, em lugar de no mar (diminuindo os custos de instalação), e rebocadas até ao destino.

 

Num projeto denominado WindFloat Demo, o primeiro protótipo do mundo de tecnologia plataforma flutuante, com uma turbina eólica de 2 MW de potência, foi instalado em área de domínio público marítimo localizada 6 km ao largo da Aguçadoura, Póvoa de Varzim. Este protótipo foi ligado à RESP em 2011 e esteve em operação ininterrupta, com elevada disponibilidade, até 2016. A turbina foi montada na respetiva base nos estaleiros da região de Setúbal. Ao longo do seu tempo de vida a turbina flutuante do WindFloat Demo sobreviveu a ventos de 41 m/s e ondas de 17 m de altura.

 

No projeto WindFloat Atlantic um parque eólico com tecnologia em fase pré-comercial de maturidade foi instalado em área de domínio público marítimo localizada 20 km ao largo de Viana do Castelo e em zona com 100 m de profundidade. É constituído por três turbinas de 8,4 MW de potência cada (as maiores, na altura da construção) assentes em plataformas flutuantes WindFloat. Duas plataformas foram construídas em Portugal, nos estaleiros de Setúbal, e a terceira no porto de Ferrol, em Espanha. Cada plataforma tem 30 m de altura e 50 m entre colunas. Este parque eólico ficou ligado à RESP, na sua totalidade, em 2020 e continua em operação.

 

 

Turbina flutuante WindFloat, transporte para Viana do Castelo (fonte: DOCK 90).