Energias Renováveis e Sustentabilidade

Energia Eólica

 

 

‘Energia eólica’ designa a energia cinética do vento, a qual constitui uma forma de energia renovável que tem sido convertida em energia mecânica (moinhos de vento) e elétrica. A conversão em eletricidade faz-se mediante tecnologias das quais a mais amplamente difundida é a turbina eólica de eixo horizontal associada a um gerador. Quanto maiores a dimensão da turbina e a intensidade do vento, mais eletricidade é produzida. Duplicar o diâmetro de rotação das pás de uma turbina de eixo horizontal aumenta quatro vezes a quantidade de energia elétrica gerada.

 

A energia eólica pode ser explorada em terra (eólica on-shore) ou no mar, ao largo (eólica off-shore) – ver Energia Eólica off-shore. Pode também ser explorada mediante centrais constituídas por grupos de turbinas de grandes dimensões a operar como uma só unidade, os parques eólicos, que produzem eletricidade para injeção na rede pública de distribuição ou, de forma descentralizada, através de turbinas relativamente pequenas, desligadas da rede.

 

Os parques eólicos em terra são constituídos por turbinas com diâmetro de rotação superior a 10 m. Atualmente este diâmetro chega a 170 m, em turbinas com potência de 7 MW cada. O funcionamento destas turbinas é interrompido quando o vento é demasiado fraco (3 m/s) ou forte (25 m/s). Mesmo que uma turbina pare, a produção do parque é mantida pela eletricidade gerada noutras mais afastadas, onde a intensidade do vento se mantém adequada.

 

O conhecimento aprofundado dos regimes de vento em dada região é importante para otimizar o seu aproveitamento nas turbinas e a integração da eletricidade no sistema energético.  

 

A energia eólica explorada através de parques eólicos em terra constitui uma das principais fontes de eletricidade renovável no sistema elétrico nacional, apenas ultrapassada pela hídrica em anos de abundante pluviosidade. A produção de eletricidade com origem eólica distribui-se por todo o país, ocorrendo principalmente nos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.  

 

Como os locais mais adequados para o aproveitamento de recurso eólico já se encontram ocupados com centrais, a potência instalada encontra-se relativamente estabilizada desde 2017, totalizando cerca de 5600 MW em 2022. Esta estabilização constitui um dos desafios ao necessário aumento de eletricidade renovável, afigurando-se como uma medida mitigadora a substituição total ou parcial do equipamento instalado por outro mais recente, de preferência com capacidade de armazenamento e maior produção de eletricidade.

 

Turbinas eólicas de reduzida dimensão, com potência entre 0,5 e 100 kW e eixo horizontal ou vertical, destinam-se à injeção de eletricidade numa casa, numa pequena aplicação industrial com difícil acesso à rede pública, ou na rede elétrica específica de uma comunidade.

 

Portugal conta com produção descentralizada de energia eólica por via de UPAC, UPP e Mini/Micro centrais, totalizando uma potência instalada da ordem de 4 MW em 2022.

 

A DGEG tem em consideração o papel importante da energia eólica nas suas atividades de modelação energética prospetiva.