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A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma organização internacional, fundada em 1945, com o objetivo de unir todas as nações do mundo em prol da paz e da segurança e do desenvolvimento, com base nos princípios da igualdade, justiça, dignidade humana e no bem-estar de todos. A ONU serve como fórum para os seus Estados-Membros expressarem pontos de vista através da Assembleia Geral, do Conselho de Segurança, do Conselho Económico e Social e de outros órgãos e comissões da Organização. Ao possibilitar o diálogo entre os seus membros e ao mediar negociações, a ONU tornou-se no mecanismo que permite aos governos encontrar áreas de entendimento e lidar com os desafios em conjunto. Devido aos poderes conferidos pela Carta e graças ao seu caráter internacional sui generis, as Nações Unidas podem tomar medidas sobre as questões relacionadas com a humanidade, como a paz e a segurança, direitos humanos, desarmamento, terrorismo, ajuda humanitária e emergências de saúde, igualdade de género, governação, entre muitas outras. Graças ao seu trabalho em prol da paz mundial, a ONU foi distinguida, juntamente com o Secretário-Geral Kofi Annan, com o Prémio Nobel da Paz, em 2001. Atualmente, é composta por 193 Estados-Membros. A missão e o trabalho das Nações Unidas são guiados pelos propósitos e princípios contidos na sua Carta fundadora – a Carta das Nações Unidas. O seu Secretário-Geral é atualmente António Guterres.

 

Mais informações podem ser consultadas aqui.

 


 

G20 BRASIL 2024 - Declaração de Líderes do Rio de Janeiro | novembro de 2024

Os líderes do G20, reuniram no Rio de Janeiro em 18 e 19 de novembro de 2024, para responder aos principais desafios e crises globais e promover um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo, tendo reafirmado o compromisso de construir um mundo justo e um planeta sustentável, priorizando o combate às desigualdades em todas as suas dimensões, sem deixar ninguém para trás. A declaração aborda temas prioritários da presidência brasileira do G20, nomeadamente, a inclusão social e combate à fome e à pobreza; o desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática; a reforma das instituições de governança global, e apela ainda ao fim das guerras da Ucrânia e Faixa de Gaza , bem como à taxação dos ultraricos.

A Declaração consagra a conquista alcançada pela presidência brasileira ao longo do ano, a Mobilização Global contra a Mudança do Clima,  para reforçar o financiamento climático, especialmente em países em desenvolvimento. Salienta a importância de aumentar o financiamento verde público e privado, com foco nos países em desenvolvimento, e defende que a reforma da arquitetura financeira internacional pode apoiar as ações pelo clima. Apoia as negociações da COP 29, em Baku e a futura presidência da COP 30, em 2025 em Belém do Pará,  no Brasil. Na agenda de transições energéticas, destaca os investimentos para transições energéticas em países em desenvolvimento e o reforço do compromisso de eliminação gradual de subsídios ineficientes a combustíveis fósseis, além do compromisso de acelerar transições energéticas justas, limpas e sustentáveis.

 

A Declaração de Líderes do Rio de Janeiro pode ser consultada na íntegra aqui.

 

G20 BRASIL 2024- “Daniel Machado da Fonseca" G20 Climate-related references” | novembro de 2024

 

A presidência brasileira do G20 colocou as mudanças climáticas no centro da sua agenda. Dada a sua natureza transversal, as alterações climáticas foram objeto de um número significativo de grupos de trabalho do G20. De acordo com o âmbito respetivo destes grupos, foram destacados e discutidos vários aspetos sociais, económicos e ambientais das alterações climáticas resultando em importantes conjuntos de iniciativas, recomendações e estudos. A Publicação da Presidência Daniel Machado da Fonseca" G20 Climate-related references”, destaca todas as conclusões relevantes para o ambiente e clima ocorridas durante a Presidência brasileira do G20 e, consequentemente, estabelece as bases para a continuidade das discussões climáticas em futuras Presidências do G20. Sublinham-se, nomeadamente, as conclusões do Grupo de Trabalho sobre Transições Energéticas. Os Ministros da Energia do G20 reconheceram a necessidade de acelerar transições energéticas limpas, sustentáveis e inclusivas; reconheceram a necessidade de catalisar e aumentar o investimento de todas as fontes e canais financeiros para colmatar o défice de financiamento das transições energéticas a nível mundial; reconheceram o papel fundamental dos combustíveis sustentáveis na redução de emissões de gases GEE em todos os setores; reiteraram o seu apoio aos esforços para triplicar a capacidade de produção de energias renováveis e duplicar a taxa média anual global de melhoria da eficiência energética a nível mundial; aprovaram os 10 “Princípios para Transições Energéticas Justas e inclusivas”.

 

A Publicação “Daniel Machado da Fonseca" G20 Climate-related references”, pode ser consultada na íntegra aqui.

 


 

29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP29) | novembro 2024

A COP29, ou 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 ou Conferência das Partes da UNFCCC,  decorreu em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro de 2024. O evento reúniu líderes mundiais, cientistas, ativistas, organizações não governamentais e representantes do setor privado para debater e tomar decisões cruciais sobre a ação global de combate às alterações climáticas. A COP29 visou reforçar os compromissos de redução das emissões de gases com efeito de estufa, a adaptação às alterações climáticas e o financiamento da luta contra as alterações climáticas, com especial atenção para os países mais vulneráveis às consequências do aquecimento global. Este ano, o foco foi a implementação dos compromissos assumidos no Acordo de Paris e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Reconhecendo que o progresso na transição energética é geograficamente desequilibrado, com investimentos maioritariamente concentrados num pequeno número de países desenvolvidos e economias emergentes, a nova meta financeira alcançada na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima COP29, ajudará os países a manterem as transições energéticas em crescimento e a passarem para uma economia de baixo carbono. A nova aspiração financeira fica aquém do que é necessário para cumprir os objetivos do Acordo de Paris, mas, chegar a um acordo na COP29 foi essencial para manter vivo o limite de 1,5°C. Neste contexto, reconhecesse a necessidade urgente de intensificar os esforços coletivos para resolver as disparidades geográficas no financiamento do clima, com as economias desenvolvidas a desempenhar um papel mais significativo. Dadas as restrições ao financiamento público, é crucial que os recursos descritos na meta financeira de Baku sejam estrategicamente implantados para superar as barreiras à transição energética e catalisar o investimento privado nas economias emergentes e em desenvolvimento.

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) esteve presente na COP29, e organizou dois eventos com foco na transição energética e na cooperação com os países da CPLP. Nomeadamente o evento “Financiamento da Acão Climática “que destacou estratégias e fontes de apoio financeiro para projetos de ação climática e energia limpa, nomeadamente nos países em desenvolvimento, bem como um evento sobre “Comunicação e Comportamentos nas Políticas de Transição Energética” promovido em colaboração com a ADENE e o LNEG,  focado na importância de envolver a sociedade para alcançar uma transição de energia  justa, eficaz e inclusiva. Estes eventos reafirmaram o compromisso nacional na implementação de políticas energéticas sustentáveis, contribuindo ativamente para os objetivos globais de combate às alterações climáticas.

 

Mais informações podem ser consultadas aqui.

 


 

Acordo de Paris sobre alterações climáticas

 

Durante a Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP21), em dezembro de 2015, em Paris, é adotado o Acordo de Paris, o primeiro grande compromisso de toda a comunidade internacional para combater as alterações climáticas e intensificar as ações e investimentos por um futuro sustentável. O acordo evidencia os compromissos internacionais universais e um plano de ação com várias medidas vinculativas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. O principal objetivo é fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas mantendo a elevação da temperatura global abaixo dos 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, esforçando-se para limitar o incremento da temperatura a 1,5º C. Por outro lado, procura também o fortalecimento da capacidade e resiliência dos países em lidar com os impactos das mudanças climáticas; e fortalecer e direcionar os recursos de financiamento para a diminuição da emissão de gases com efeitos de estufa. Outras áreas cruciais são mencionadas- as perdas e os danos associados aos efeitos adversos das alterações climáticas (art. 8); o apoio financeiro, tecnológico e de capacitação (art. 9, 10 e 11); a educação, a consciencialização pública, a participação pública e o acesso público à informação (art. 12); e os mecanismos de transparência, implementação e cumprimento (art. 13 e 15). De cinco em cinco anos, todos os países têm de renovar e atualizar os seus planos de ação climática e de os divulgar de forma transparente, a fim de se avaliar os progressos coletivos. Atualmente, 194 (193 países e a União Europeia) das 197 Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas ratificaram o Acordo de Paris. Portugal completou o processo de ratificação do Acordo de Paris em 2016, tendo sido um dos primeiros países da União Europeia a fazê-lo.

 

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A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

 

Atendendo à importância do tema, as Nações Unidas atuam igualmente no âmbito das alterações climáticas e desenvolvimento sustentável. Em 2015, a ONU adotou a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que consiste numa declaração de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas a serem cumpridos até 2030, com vista à erradicação da pobreza e ao desenvolvimento económico, social e ambiental. A Agenda define as prioridades e aspirações do desenvolvimento sustentável global para 2030 e procura mobilizar esforços globais à volta de um conjunto de objetivos e metas comuns. Visa fundamentalmente estimular ações em cinco áreas prioritárias- a erradicação da pobreza e da fome (objetivos 1-5), a proteção do planeta (objetivos 6, 12, 13, 14 e 15), a garantia de uma vida próspera para todos (objetivos 7-11), a paz universal (objetivo 16) e a mobilização de uma parceria global para alcançar os objetivos propostos (objetivo 17).Trata-se da agenda universal focada em “não deixar ninguém para trás”, ao invés de apenas abranger grupos específicos de países ou de cidadãos do mundo.

 

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